Ortodontia

Dentes mal posicionados ou que não se encaixam direito são difíceis de conservar limpos e consequentemente, estão mais suscetíveis à ocorrência de cárie, doenças e perda dentária. Eles também causam uma sobrecarga nos músculos da mastigação, o que pode acarretar dores de cabeça, dores na região dos ombros, costas, pescoço e ouvido.

A autoestima de uma pessoa frequentemente melhora à medida em que os dentes, lábios e face são conduzidos a uma harmonia. Neste caso, o tratamento ortodôntico pode beneficiar o sucesso social, profissional, bem como melhorar a atitude geral de uma pessoa em relação à vida. A especialidade que diagnostica, previne e trata das irregularidades dentais é a Ortodontia, que busca o correto posicionamento dos dentes, além de contribuir para uma melhor mastigação.

Clareamento

O clareamento dental é indicado para pessoas que tenham dentes amarelados e queiram melhorar sua aparência, é um procedimento que visa clarear os dentes, alterando a sua cor inicial, no entanto nem todos os dentes podem ser beneficiados pelo tratamento, pois as causas do escurecimento podem ser diversas.

Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário esperar que os dentes estejam manchados ou escuros demais para optar por um tratamento de clareamento. 

O clareamento pode ser realizado basicamente de duas maneiras: em consultório dentário ou de modo caseiro, com a supervisão do cirurgião-dentista. Ambos levam a um resultado final semelhante, em velocidades difrentes. Todos os diferentes tipos de tratamento para clareamento dental utilizam um gel para clarear o dente. O gel não é abrasivo nem enfraquece os dentes, porém, quanto maior a concentração do gel, mais rápido pode ser realizado o clareamento.

Para concentrações elevadas de gel clareador (acima de 25%) só podem ser feitas em consultório. O gel nessas concentrações queima as mucosas e necessita cuidados especiais. Os tratamentos feitos em consultório podem exigir 2 ou mais sessões e o gel é ativado por uma fonte de luz (LED, Laser ou associação dos dois).

O Clareamento caseiro é feito com gel de menor concentração (3,5 a 22%) e moldeiras de silicone feitas sob moldes individuais. Para apresentar resultados, o tratamento caseiro demora no mínimo 15 dias e o uso do gel e da moldeira varia de 1 a 6 horas por dia. Os  principais riscos de um clareamento são uma sensibilidade temporariamente aumentada nos dentes, um clareamento excessivo e queimaduras químicas.

Recomenda-se evitar alimentos pigmentados ou coloridos durante o tratamento como por exemplo: café, chá preto, refrigerantes, vinho tinto, suco de uva, mostarda, ketchup, molhos avermelhados, etc.

Existem algumas contra-indicações para o clareamento, como por exemplo: para pessoas fumante, dentes com exposições de raiz ou com micro trincas (que os tornam mais sensíveis).

O que mais devo saber?

  • Que os dentes clareados não ficam enfraquecidos.

  • Que podem escurecer novamente, mas nunca como antes, fazendo-se necessário apenas uma pequena manutenção após 2 ou 3 anos, ou quando se achar necessário.

  • Que não serão clareadas restaurações ou próteses (provavelmente haverá necessidade de serem trocadas após o clareamento).

Ortopedia dos Maxilares

A posição dos dentes e da arcada, muitas vezes chegam a alterar o equilíbrio das funções da boca: respiração, sucção, deglutição, mastigação e fala, sem contar a harmonia estética. A especialidade que diagnostica, previne, controla e trata os problemas que afetam bases ósseas maxilares é então chamada de  Ortopedia dos Maxilares, diferentemente da Ortodontia que trata da correção da posição dos dentes dentro do osso. 

A Ortopedia Facial recorre, habitualmente, a aparelhos removíveis, já existem aparelhos ortopédicos fixos também, que têm por objetivo redirecionar o crescimento dos ossos da face e dos dentes, diminuindo a necessidade do uso e o tempo de tratamento com os aparelhos fixos. 

Deve ser utilizada por pacientes jovens, já que devem estar em períodos de crescimento ativo para que seja efetiva.

Alguns casos recebem um tratamento combinado, utilizando-se aparelhos de ortopedia facial e de ortodontia.

Restauração Estética

Nos dias de hoje, a busca pela estética é um fator de muita influência sobre o comportamento das pessoas. É natural que a odontologia esteja preparada para atender aos anseios estéticos da população em geral.

Técnicas restauradoras e protéticas mais modernas visam, além da reabilitação da função mastigatória, a recuperação do fator estético. A troca de uma restauração metálica por uma estética ou, como dizem os pacientes, “por uma branca”, pode se dar por dois motivos principais: por problemas que envolvem a saúde do dente, como uma fratura da restauração pré-existente ou mesmo por recidiva de cárie (nesse caso, a troca não é discutida e pode, perfeitamente, ser feita uma restauração estética), ou por motivo exclusivamente estético (quando uma restauração metálica em bom estado vai ser trocada, surgem, então, alguns questionamentos).

É de conhecimento porém, que o amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa desse esmalte manchado para se conseguir uma perfeita solução estética.

Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais estéticos. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa, sobre o modelo, o trabalho, que é cimentado pelo dentista. Esta técnica é mais comumente utilizada quando a área a ser restaurada é muito extensa. A escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes.

A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, serve para pequenas restaurações ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero.

No momento da troca de uma restauração, não é necessariamente um desgaste maior do dente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho. 

Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas.

Implantes

Quando um paciente adulto (com crescimento maxilar completo) apresenta falta de um ou mais dentes e que às vezes faz uso de prótese removível que não esteja confortável e/ou esteticamente adequada ou que não o deixe seguro, indicamos a instalação de implantes.

O implante constitui-se basicamente na introdução cirúrgica de um parafuso de titânio no osso alveolar (maxila ou mandíbula). Este parafuso substitui a raiz do dente, e é nele que se fixa a prótese dentária.

O implante proporciona conforto e eficiência na mastigação e na fala de forma bastante similar aos dentes naturais, além de devolver beleza ao sorriso e qualidade ao sorriso bucal. A finalidade do implante é recuperar a função dos dentes e a beleza do sorriso, preenchendo espaços de dentes ausentes, condenados ou próteses removíveis e fixas, quando estas por algum motivo não agradam o paciente; melhoria na qualidade da mastigação, pois com o implante, a sobrecarga em dentes remanescentes diminui; frear a reabsorção óssea (o osso alveolar sustenta os dentes para permitir a mastigação. Quando a pessoa perde um ou mais dentes, esse osso perde sua função e é reabsorvido pelo organismo, prejudicando a mastigação e a arcada dentária.

Fases do implante:

  1. Exames clínicos e diagnóstico: nesta fase será avaliada a sua história clinica e efetuados exames complementares.

  2. Cirurgia para instalação do implante: é um processo simples e particular a cada tipo de tratamento e paciente.

  3. Pós-operatório: a recuperação de um implante dentário é muito rápida, é recitado medicamentos para auxiliar na recuperação e é fundamental que o paciente siga à risca todas as instruções passadas.

  4. Moldagem, confecção e instalação da prótese dentária: podem ser feitos imediatamente após a instalação dos implantes ou de 3 a 6 meses após a fase cirúrgica, dependendo do tipo de osso e do local do implante.

  5. Manutenção e higienização bucal: a manutenção e a higienização bucal adequados são fundamentais para o sucesso do implante. Uma corretsa higienização e visitas periódicas ao dentista são essenciais.

Cirurgias

Cirurgia é o termo utilizado no consultório para os procedimento de extração de dentes ou remoção de tecidos bucais. A palavra cirurgia no consultório vem automaticamente associada a extração do dente do siso, dente do  juízo, queixal. São vários nomes para uma mesma estrutura, o terceiro molar, o último dente da arcada dentária.

Na imensa maioria das pessoas é um dente que não erupciona (nasce) corretamente, pois fatores como o crescimento dos ossos da mandíbula ou maxila, a posição do dente em relação aos dentes vizinhos podem interferir no crescimento do mesmo. Quando o dente não aparece naturalmente, o profissional chama este dente de “incluso” pois ele fica dentro do osso, e pode atrapalhar o posicionamento dos outros dentes.

Assim, antes de um tratamento com aparelhos, usualmente o profissional ortodontista solicita a remoção dos terceiros molares. Mas além disso, mesmo em pacientes mais velhos, a presença do dente não-erupcionado pode causar dores, inflamações e infecções nos dentes próximos, por isso é importante uma avaliação adequada da necessidade ou não de extraí-los e evitar problemas.

Próteses Fixas

Quando perdemos um ou mais dentes ou parte de sua coroa podemos substiuí-los com próteses fixas que são também conhecidas pelos nomes de ponte fixa; coroas; jaquetas e pivot. Recebe o nome de fixa porque não pode ser removida pelo paciente ou pelo dentista, a menos que se corte com uso de brocas especiais. São confeccionadas em laboratórios de prótese com materiais estéticos (resinas ou porcelana) ou metálicos. A prótese fixa é estável na boca e funciona de forma muito similar aos dentes naturais. É um excelente investimento, pois provê boa mastigação e uma aparência de dentes saudáveis.

A prótese fixa unitária é a restauração parcial ou total da coroa de um dente, quando bem desenhadas e bem adaptadas marginalmente, comportam-se como dentes naturais na sua limpeza e exigem do paciente os mesmos cuidados, isto é, boa escovação na técnica e no tempo corretos, complementada pelo uso do fio ou fita interdental.

A ponte fixas é geralmente fixada em dois ou mais dentes e necessitam de dispositivos especiais para uma higienização eficiente: passadores de fio dental, ou fios com a ponta endurecida, para a limpeza dos espaços protéticos. 0 mau desenho de uma prótese fixa, a má adaptação, o mau tratamento dado a materiais e a limpeza insuficiente podem permitir a retenção de detritos alimentares e bactérias, causando inflamação gengival e mau hálito.

A durabilidade de uma prótese fixa depende de vários fatores: 

  • De um bom exame e planejamento prévios; 

  • Da técnica e dos materiais utilizados; 

  • Da fineza da adaptação da prótese aos dentes; 

  • Da boa relação da prótese com os tecidos gerigivais;

  • Da justeza da sua oclusão, isto é, da sua harmonia com a função mastigatória. 

Tudo isso vai depender do grau de especialização do dentista e do seu protético, das condições de trabalho que o paciente oferece ao seu dentista e dos seus cuidados de manutenção da saúde bucal, para que a prótese dure mais de cinco anos, que é a vida média das próteses fixas.

Há necessidade de realização de tratamento de canal dos dentes de suporte?

Por princípio, não, pois o melhor elemento de suporte é aquele dente o mais íntegro na sua estrutura e com as gengivas e a polpa sadias. Porém, se há dúvidas quanto à saúde da polpa, indica-se o tratamento de canal, assim como para aqueles dentes que serão usados como suportes de ponte fixa mas estão muito inclinados, e o corte para ajustá-los ao eixo de inserção da prótese seria muito grande e danoso à integridade pulpar. Um bom tratamento de canal para esses casos evitaria problemas futuros que poderiam diminuir a durabilidade da prótese.

O que justifica ser tão cara?

A primeira justificativa é o tempo de mão-de-obra clínica e laboratorial; a segunda é o valor da mão-de-obra especializada clínica e laboratorial; a terceira é o valor dos materiais, equipamentos e processos necessários para a execução de qualquer prótese fixa.

Demora para ser executada?

Sim, demora. Um bom dentista não consegue fazer uma incrustação metálico-fundida, que é a prótese fixa mais simples, em uma única sessão, pois ela exigirá, no mínimo, de 3 a 4 sessões clínicas de 1 hora, e mais 3 sessões laboratoriais.

O resultado estético é bom?

Sim, no geral é bom. Mas há casos de grande perda óssea que dificultam a obtenção de uma estética excelente. Nesses casos, o tratamento tem como primeiro objetivo restabelecer a função da mastigação; como segundo, a durabilidade e, em terceiro lugar, a estética.

Eu fico sem os dentes durante o tratamento?

Não, um bom dentista supre o seu paciente de proteção provisória adequada aos dentes preparados com substitutos plásticos fixados com cimento de baixa resistência, possibilitando-o a mastigar, falar e sorrir, satisfatoriamente, durante o tratamento.

Por que o dente perdido precisa ser substituído?

Os dentes, para funcionarem bem, precisam estar em equilíbrio nos arcos dentários superior e inferior, sempre submetidos a um sistema de forças oriundas dos músculos mastigadores, lábios, bochechas e língua. A perda de um só dente desequilibra esse sistema de forças, e os dentes movimentam-se migrando para compensar a perda. E espaços são criados, desníveis acontecem e a mastigação e a estética sofrem. Os dentes precisam ser recolocados porque eles fazem parte de um todo: o sistema mastigatório. 

Fonte: Revista da APCD

Próteses Removíveis

É uma prótese que substitui os dentes naturais perdidos, de maneira parcial (Prótese Parcial Removível – PPR ou ponte móvel) ou Total (dentadura). Ë chamada de removível porque pode ser retirada pelo paciente no momento em que se desejar.

Existem situações ideais para cada tipo de prótese. De um modo geral, as PPRs são indicadas para casos de perda de um número grande de dentes e, principalmente, quando estão ausentes os últimos dentes (posteriores).

Este tipo de prótese se fixa na boca através de grampos “semiflexíveis” metálicos apoiados em dentes naturais (dentes pilares) e por um perfeito assentamento da prótese sobre a gengiva das áreas desdentadas.
Toda PPR convencional necessita de grampos. Para eliminá-los, seria necessário um aparelho removível que se adapte através de encaixes (attachments) colocados em coroas protéticas cimentadas sobre alguns dentes naturais remanescentes. Essa prótese, é mais indicada quando a estética é fundamental. Ela possui custo mais elevado e técnicas sofisticadas para sua execução.

Os grampos devem ser feitos com técnicas corretas e o portador deve higienizá-los cuidadosamente, bem como os dentes naturais e o aparelho, pois o que causa a cárie é a placa, bactérias que se fixa no dente natural e nas superfícies dos grampos. Sem a presença dessa placa bacteriana, o dente se manterá sadio (com grampos).

Uma PPR mais atual e mais estética seria as PPRs “flexiveis”. As próteses flexíveis podem substituir as próteses parciais removíveis ou as dentaduras. Elas são fabricadas com o material Flexite, uma resina flexível, que é utilizada como base para próteses e ajuda a corrigir falhas no acrílico convencional. Além disso, o produto é biocompatível e não quebra. Com essa técnica os ganchos de metal não são utilizados e o resultado fica mais natural. 

O uso da prótese flexível é indicado para mantenedores de espaço, placas mio-relaxantes, pacientes idosos, especiais, provisórias para reabilitação com implantes, reabilitação oral, unilateral e bilateral. Com esse material as forças mastigatórias são distribuídas nas áreas dêntulas, evitando pressões nos dentes que restaram. As gengivas são estimuladas para ajudar a diminuir a reabsorção óssea.

Como o material é mais flexível e resistente, os danos são menores do que nas próteses convencionais. Com o material os dentes remanescentes não precisam de reparos, as forças mastigadoras são melhor distribuídas e em alguns casos é possível adicionar dentes.

O paciente que utiliza essa prótese consegue se adaptar com mais facilidade devido a sua flexibilidade e a sua espessura maior. O material também facilita a translucidez, já que ela simula a cor natural das gengivas e dos tecidos. 

Como a prótese flexível é indicada para alguns casos específicos somente a avaliação do dentista especialista pode determinar o material e o tratamento que cada paciente deve seguir.

Como deve se fazer para higienizá-los?

A prótese deverá ser removida para limpeza sempre após a ingestão de alimentos. Deve-se utilizar escovas especiais que facilitem a limpeza das superfícies internas – por exemplo, escova cilíndrica, do tipo usado para limpeza de armas. Remover bactérias, fungos e restos de alimentos do aparelho é tão importante quanto a limpeza dos dentes naturais.

Para todo paciente portador de próteses, é necessário fazer visitas periódicas ao dentista, já que é considerado paciente dentado. De uma forma profissional, é preciso verificar o funcionamento da prótese e fazer a higienização dos dentes e do aparelho.

Qual a eficiência mastigatória da PPR?

Uma PPR é mais eficiente na mastigação quando o seu número de dentes artificiais é pequeno, quando é dento-suportada, isto é, quando existem dentes naturais nos dois extremos vizinhos ao espaço desdentado, e quando os dentes do arco antagonista são naturais ou próteses fixas.

É fácil se adaptar a elas?

Sim, quando ela for bem executada e o portador tiver um mínimo de paciência para a adaptação e acomodação.

Quanto dura uma PPR?

Por depender de muitos fatores que fogem controle do dentista, fica difícil fazer tal previsão, mas se conhecem muitos aparelhos com mais de dez anos em uso. Boa indicação, boa execução, cuidados caseiros e revisões periódicas serão fundamentais para conseguir tal longevidade.

Próteses Protocolo

A prótese protocolo é uma solução moderna e segura desenvolvida  para substituir as dentaduras removíveis, utilizadas pelos  pacientes que já perderam todos os dentes em uma ou nas duas arcadas.

Ela funciona como uma prótese fixa, onde todos os dentes estão presos em uma única estrutura, que são parafusados sobre 4 a 6 implantes.

Por ser uma prótese presa em implantes, ela  não apresenta mobilidade ao falar ou mesmo mastigar e devolve ao paciente toda a segurança de ter dentes fixos.

O tratamento com prótese protocolo é dividido em duas etapas. A primeira envolve a instalação dos implantes dentários nas arcadas dentárias, exigindo alguns meses de espera para a  sua total integração no osso que se dá em torno de 5 a 6 meses. Nesse período de espera, o paciente continua com a sua prótese total convencional, se já utiliza ou então é confeccionada uma prótese total provisória.

A segunda etapa do tratamento é a que confecciona a prótese dentária definitiva. Leva em torno de 30 dias para ficar pronta,  requer entre quatro a cinco consultas para que a dentadura fixa seja instalada.

A prótese definitiva tem uma aparência muito natural, não tem acrílico no céu da boca, os dentes utilizados normalmente são de porcelana e a gengiva é caracterizada e  tem uma coloração muito natural também.

Os exames necessários para realização do protocolo são dois: a tomografia computadorizada, para examinar a quantidade de osso disponível para instalação dos implantes dentários, e os exames de sangue (hematócrito completo), para detectar possíveis problemas de coagulação sanguíneo ou glicemia elevada.

Qualquer um pode fazer o tratamento com prótese protocolo, sem limite de idade. Mas para isso, é preciso dispor de boa saúde geral e local, estando com os exames de sangue em dia e também dispor de condições ósseas favoráveis à instalação dos implantes dentários.

Diabéticos não controlados e fumantes massivos (acima de dez cigarros ao dia) trazem riscos elevados para perdas dos implantes dentários – porém, estes problemas podem ser revertidos com tratamento adequado. Outras condições, como a radioterapia recente realizada na cavidade bucal ou o uso de medicações para osteopenias impedem a instalação dos implantes dentários – assim como diversas outras condições locais e sistêmicas que também contraindicam o tratamento.

Laserterapia

A Laserterapia é  uma modalidade terapêutica com o uso de aparelhos de lasers, onde conseguimos modular a inflamação local, acelerar a reparação tecidual, promover analgesia e controlar infecções locais.

É um excelente auxiliar nos tratamentos realizados no consultório odontológico

Na odontologia nós utilizamos o laser de baixa intensidade para tratamento:

  • De lesões bucais recorrentes como aftas e herpes;
  • Tratamento para dores na articulação (ATM);
  • Tratamento de paralisias faciais;
  • Tratamento de parestesias decorrentes de cirurgias e cirurgia ortognática;
  • Auxilia no controle de dor e edema pós-cirúrgico, acelerando o processo de cicatrização, pela modulação de inflamação e reparação dos tecidos;
  • Hipersensibilidade dentária;
  • Controle antimicrobiano em tratamentos periodontais e endodônticos.

O laser de baixa potência também é utilizado no procedimento de Clareamento dental realizado em consultório. 

Existem ainda os Lasers de alta potência, que são utilizados em cirurgias bucais e promove um excelente pós-operatório.

Endodontia

O tratamento endodôntico é conhecido popularmente por “tratamento de canal”. A cárie é a causa mais comum da inflamação pulpar (a polpa dental é o tecido localizado no interior da cavidade do dente).

O sintoma mais característico de uma inflamação pulpar é a dor espontânea de forma latejante e que aumenta com o calor e o uso de analgésicos não resolve. Quando há morte da polpa e formação de abscesso (formação de pus), geralmente a dor é bem localizada e há dor ao mastigar, e ao abaixar a cabeça sente que o dente “pesa”.

O tratamento endodôntico consiste na remoção da polpa dental doente, preparo do canal e obturação do espaço antes ocupado pela polpa. É um procedimento que pode ser realizado em uma ou mais sessões, dependendo do número de raízes do dente e do grau de dificuldade de acesso e descontaminação dos canais.

O tratamento é indolor, pois faz-se uso da anestesia e, às vezes, no caso de polpa mortificada, nem é preciso anestesiar. Após o tratamento endodôntico concluído, o dente necessitará de uma restauração ou prótese para voltar a sua forma e funções normais. É muito importante o controle radiográfico, que deve ser feito a cada seis meses após o término do tratamento, para avaliar o seu sucesso.

Dentre outras causas e fatores que podem levar à realização do tratamento endodôntico, podemos citar: 

  • Traumatismo dentário;

  • Inflamação da polpa proveniente de infecção da doença periodontal;

  • Necessidade protética;

  • Abrasões dentárias.

Orientações para que seu tratamento tenha uma grande margem de sucesso:

  • Você deve comparecer aos retornos agendados, para que não haja contaminação dos canais em decorrência de transcorrido mais tempo do que o necessário entre uma sessão e outra, em decorrência disso muitas vezes é necessário repetir o procedimento anterior, atrasando o término do tratamento;

  • Caso o curativo colocado sobre o dente se solte, você deverá retornar ao consultório o mais rápido possível, para evitar contaminação e comprometimento do resultado final;

  • Após finalizado o tratamento de canal, você deve fazer a restauração definitiva (ou prótese, se for o caso) o mais rápido possível para proteger o dente e impedindo-o de sofrer nova contaminação;

  • É aconselhável que você faça um acompanhamento radiográfico anual nos cinco primeiros anos pós-tratamento endodôntico do dente tratado.

Periodontia

A periodontia é a especialidade que previne e trata das doenças dos tecidos de proteção e sustentação do dente, ou seja, da gengiva, ossos e ligamentos que circundam os dentes. Dependendo da gravidade do problema periodontal, ele pode ser classificado como gengivite ou periodontite.

A gengivite é a doença periodontal que se limita à gengiva, que inflama devido a presença da placa bacteriana que se forma ao redor dos dentes e da gengiva. É de fácil tratamento. Normalmente com uma visita ao dentista, para profilaxia, uma correta escovação e o uso do fio/fita dental, a doença regride, uma vez que o osso e o tecido conjuntivo que sustentam os dentes ainda não foram atingidos. Os principais sinais são o sangramento após a escovação ou uso do fio/fita dental e a gengiva levemente inchada e avermelhada. Se não for tratada, a gengivite pode progredir para periodontite.

Periodontite é a doença periodontal que atinge os tecidos de sustentação dos dentes. Nessa doença o osso vai sendo reabsorvido devido a infecção. A gengiva “descola” dos dentes, formando a chamada bolsa periodontal. Nesse estagio por se tratar de algo mais grave, consultar o dentista é importantíssimo, pois se não tratada a tempo, a doença pode causar a perda dos dentes. Depois de tratada, escovar os dentes e usar fio/fita dental corretamente, ajuda a prevenir essa doença e manter a saúde bucal.

A principal causa da doença periodontal é a placa bacteriana, que é um acúmulo de bactérias vivas e de resíduos de alimentos que se depositam sobre os dentes quando não é realizada uma boa higienização bucal. Entretanto existem outros fatores que podem agravar a doença como: o fumo, estresse, alguns medicamentos, mudanças hormonais, como no caso das mulheres durante a gravidez, diabetes e outras doenças que afetam o sistema de defesa do organismo.

Quem tem a doença peiodontal dificilmente sente dor, os principais sinais são: 

  • Sangramento ao escovar os dentes e ao passar o fio dental;

  • Gengivas vermelhas e/ou inchadas;

  • Dentes amolecendo ou mudando de posição;

  • Mau-hálito constante ou gosto ruim na boca.

O tratamento deverá inicialmente ser feito pelo dentista. No caso da gengivite, a profilaxia (limpeza), a escovação e o uso do fio/fita dental regulares, regridem a doença. No caso da periodontite deverá ser feito um tratamento mais profundo como a raspagem, e em alguns casos, dependendo da gravidade, poderá ser necessário tratamento cirúrgico. Deverá haver um controle rigoroso, tanto pelo dentista, quanto pelo paciente, através da escovação e uso do fio/fita dental.

Prevenir a doença periodontal é muito fácil: basta ter uma escovação efetiva e regular e usar diariamente o fio/fita dental. As visitas regulares ao dentista ajudarão a prevenir essas e todas as outras doenças da boca.

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